Geraldo Dantas
Elas...
Elas...
Nos Porões da ditadura, uma flor...
Foi submetida a requintes de crueldade por seus algozes
E por serem animais homens, conspurcaram-na
Insatisfeitos, a mutilaram
Nos porões da ditadura, uma flor...
Foi silenciada pelos agentes de repressão
Com uma rajada de fuzil FAL
A queima roupa, estraçalhando-lhe o corpo
Nos porões da ditadura, muitas flores
Foram ceifadas barbaramente
Em nenhum momento calaram-se
Nem diante do pavor e da dor
Nossos jardins jamais serão os mesmos
Sem a presença delas
Mesmo sabendo que outras nascerão
Para florir este país de beleza e bravura
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