17 de mar. de 2013

Carta do PAPA Pio XII A Hitler



Carta Carta doPapa Pio XII a Adolf Hitler.

Ao ilustre, Herr Adolf Hitler, Führer e Chanceler do Reich Alemão!

Aqui, no início de nosso pontificado, desejamos assegurá-lo de que permanecemos dedicados ao bem-estar espiritual do povo alemão confiado à sua liderança. Imploramos que o Deus Todo-Poderoso conceda a eles aquela verdadeira felicidade que advém da religião.

Recordamos com grande prazer os muitos anos que passamos na Alemanha como Núncio Apostólico, quando fizemos tudo que estava ao nosso alcance para estabelecer relações harmoniosas entre a Igreja e o Estado. Agora que as responsabilidades de nossa função pastoral aumentaram nossas oportunidades, muito mais ardentemente oramos para alcançar este objetivo.

Que a prosperidade do povo alemão e seu progresso em cada parte venha, com a ajuda de Deus, fruir!

Neste dia, 6 de março de 1939, em Roma, na Basílica de São Pedro, no primeiro ano do nosso pontificado.

Papa Pio XII

***

Fonte: Extraído do livro Hitler’s Pope: The Secret History of Pius XII, de John Cornwell (Penguin Books).
Sobre o livro:

Em Hitler’s Pope [O Papa de Hitler], o premiado jornalista John Cornwell mostra que Eugenio Pacelli, o Papa Pio XII, foi instrumental em negociar um acordo que ajudou o Nazismo a alcançar um poder sem limites – e selou o destino dos judeus na Europa.
Alguns comentários sobre o livro:
A chocante história não contada do Papa Pio XII que “redefine toda a história do século XX” (The Washington Post).
“Explosivo … [Cornwell] estabelece um caso que é muito difícil de refutar” (The New York Times Book Review).

Delitos PaPais-Muito Longe Da Santidade



A VIDA MUITO LONGE DA SANTIDADE-DELITOS PAPAIS

São mais de 300 páginas com centenas de histórias pouco santas sobre a vida sexual dos Papas da Igreja Católica. O livro do jornalista peruano Eric Frattini, recém-chegado às livrarias portuguesas e editado pela Bertrand, percorre, ao longo dos séculos, a intimidade secreta de papas e antipapas, mas não pretende causar "escândalo". Apenas "promover uma reflexão sobre a necessária reforma da Igreja ao longo dos tempos".


O escritor admite, aliás, que alguns dos relatos possam ter sido inventados, nas diferentes épocas, por inimigos políticos dos sumos pontífices. Lendas ou verdades consumadas, no livro "Os Papas e o sexo" há de tudo. Desde Papas violadores e zoofílicos a Papas homossexuais e fetichistas, além de Santos Padres incestuosos, pedófilos ou sádicos, passando por Papas filhos de Papas e Papas filhos de padres.

Alguns morreram assassinados pelos maridos das amantes em pleno acto sexual. Outros foram depostos do cargo, julgados pelas suas bizarrias sexuais e banidos da história da Igreja. Outros morreram com sífilis, como o Papa Júlio II, eleito em 1503, que ficou na história por ter inventado o primeiro bordel gay de que há memória.

Bonifácio IX deixou 34 filhos, a que chamava, carinhosamente, de "adoráveis sobrinhos". Martinho V encomendava contos eróticos, que gostava de ler no recolhimento do seu quarto.

Paulo II era homossexual e Listo IV, que cometeu incesto com os sobrinhos, bissexual. Inocêncio VIII reconheceu todos os filhos que fez e levou-os para a Santa Sé. Um deles tornou-se violador. João XI (931-936) cometeu incesto com a própria mãe, violava fiéis e organizava orgias com rapazes.

Sérgio III teve o infortúnio de se apaixonar por mãe e filha e não esteve com meias medidas: rendeu-se à prática da ménage à trois. Bento V só esteve no Governo da Igreja 29 dias, por ter desonrado uma rapariga de 14 anos durante a confissão. Depois de ser considerado culpado, fugiu e levou boa parte do tesouro papal consigo.

João XIII era servido por um batalhão de virgens, desonrou a concubina do pai e uma sobrinha e comia em pratos de ouro enquanto assistia a danças de bailarinas orientais. Os bailes acabaram quando foi assassinado pelo marido de uma amante em pleno acto sexual. Silvestre II fez um pacto com o diabo. Era ateu convicto e praticava magia. Acabou envenenado.

Dâmaso I, que a Igreja canonizou, promovia homens no ciclo eclesiástico, sendo a moeda de troca poder dormir com as respectivas mulheres. Já o Papa Anastácio, que tinha escravas, teve um filho com uma nobre romana, que se viria a tornar no Papa Inocêncio I (famoso pelo seu séquito de raparigas jovens). Pai e filho acabaram canonizados.

Leão I era convidado para as orgias do Imperador, mas sempre se defendeu, dizendo que ficava só a assistir. Mesmo assim, engravidou uma rapariga de 14 anos, que mandou encerrar num convento para o resto da vida. Bento VIII morreu com sífilis e Bento IX era zoófilo. Urbano II criou uma lei que permitia aos padres terem amantes, desde que pagassem um imposto.

Alexandre III fazia sexo com as fiéis a troco de perdões e deixou 62 filhos. Foi expulso, mas a Igreja teve de lhe conceder uma pensão vitalícia, para poder sustentar a criançada.

Gregório I gostava de punir as mulheres pecadoras, despindo-as e dando-lhes açoites. Bonifácio VI rezava missas privadas só para mulheres e João XI violou, durante quatro dias, uma mãe e duas filhas. Ao mesmo tempo.





1. João Paulo II
Acusado de ter um filha secreta



Em 1995, o norte-americano Leon Hayblum escrevia um livro polémico, em que dizia ser pai da neta de João Paulo II. Durante a oupação nazi da Polónia, Wojtyla terá casado, secretamente, com uma judia. Do enlace nasceu uma rapariga, que o próprio pai entregou, com seis semanas, a um convento local. No seu pontificado especulou-se muito sobre as namoradas que teve antes do sacerdócio. O Papa admitiu algumas, mas garantiu nunca ter tido sexo. No Vaticano, fazia-se acompanhar por uma filósofa norte-americana, Anna Teresa Tymieniecka, com quem escreveu a sua maior obra filósofica. Acabaram zangados, supostamente por ciúmes.



2. Paulo VI
Homossexual?



Assim que chegou ao Vaticano, Paulo VI mostrou-se muito conservador em relação às matérias ligadas à sexualidade. Em 1976, indignado com as declarações homofóbicas de Paulo VI, um historiador e diplomata francês, Roger Peyrefitte, contou ao mundo que, afinal, o Papa era homossexual e manteve uma relação com um actor conhecido. O escândalo foi tremendo: Paulo VI negou tudo e o Vaticano chegou a pedir orações ao fiéis do mundo inteiro pelas injúrias proferidas contra o Papa. Paulo VI morreu em 1978, aos 81 anos, depois de 15 pontificado, vítima de um edema pulmonar causado, em boa parte parte, pelos dois maços de cigarros que fumava por dia.



3. Inocêncio X
Amante da cunhada



Eleito no conclave de 1644, Inocêncio X manteve uma relação com Olímpia Maidalchini, viúva do seu irmão mais velho – facto que lhe rendeu o escárnio das cortes da Europa. Inocêncio X não era, aliás, grande defensor do celibato. Olímpia exercia grande influência na Santa Sé e chegou a assinar decretos papais. A dada altura, o Papa apaixonou-se por outra nobre, Cornélia, o que enfureceu Olímpia. Mesmo assim, foi a cunhada quem lhe valeu na hora da morte e quem assegurou o funcionamento do Vaticano quando Inocêncio estava moribundo. Quando morreu, em 1655, Olímpia levou tudo o que pôde da Santa Sé para o seu palácio em Roma, com medo de que o novo Papa não a deixasse ficar com nada.



4. Leão X
Morreu de sífilis



Foi de maca para a própria coroação, por causa dos seus excessos sexuais. Depois de Júlio II ter morrido de sífilis, em 1513 chega a Papa Leão X, que gostava de organizar bailes, onde os convidados eram somente cardeais e onde jovens de ambos os sexos apareciam com a cara coberta e o corpo despido. O Papa gostava de rapazes novos, às vezes vestia-se de mulher e adorava álcool. “Quando foi eleito tinha dificuldade em sentar-se no trono, devido às graves úlceras anais de que sofria, após longos anos de sodomia”, escreve Frattini. Estes e outros excessos levaram Lutero a afixar as suas 95 teses – que lhe garantiram a excomunhão em 1521. Leão X morreu com sífilis aos 46 anos.



5. Alexandre VI
O Insaciável



Gostava de orgias e obrigou um jovem de 15 anos a ter sexo com ele sete vezes no espaço de uma hora, até o rapaz morrer de cansaço. Teve vários filhos, que nomeou cardeais. Assim que chegou ao Papado, em 1431, trocou a amante por uma mais nova, Giulia. Ela tinha 15 anos, ele 58. Foi Alexandre VI quem criou a célebre “Competição das Rameiras”. No concurso, o Papa oferecia um prémio em moedas de ouro ao participante que conseguisse ter o maior número de relações sexuais com prostitutas numa só noite. Depois de morrer, o Vaticano ordenou que o nome de Alexandre VI fosse banido da história da Igreja e os seus aposentos no Vaticano foram selados até meados do século XIX.



6. João XXIII
Violou irmãs e 300 freiras



Não aparece na lista oficial de Papas e acabou preso em 1415. O antipapa conseguia dinheiro a recomendar virgens de famílias abastadas a conventos importantes. Mas violava-as antes de irem. Tinha um séquito de 200 mulheres, muitas delas freiras. Criou um imposto especial para as prostitutasde Bolonha. Tinha sexo com duas das suas irmãs. Defendia-se, dizendo que não as penetrava na vagina e que por isso não cometia nenhum pecado. Foi julgado, acusado de 70 crimes de pirataria, assassinato, violação, sodomia e incesto. Entre outros factos, o tribunal deu como provado que o Papa teve sexo com 300 freiras e violou três das suas irmãs. Foi deposto do cargo e preso. Voltou ao Vaticano, anos mais tarde, como cardeal.


7. Bento IX
Sodomizava animais


Chegou a Papa em 1032 com 11 anos. Bissexual, sodomizava animais e foi acusado de feitiçaria, satanismo e violações. Invocava espíritos malignos e sacrificava virgens. Tinha um harém e praticava sexo com a irmã de 15 anos. Gostava, aliás, de a ver na cama com outros homens. “Gostava de a observar quando praticava sexo com até nove companheiros, enquanto abençoava a união”, escreve Eric Frattini. Convidava nobres, soldados e vagabundos para orgias. Dante Alighieri considerou que o pontificado de Bento IX foi a época em que o papado atingiu o nível mais baixo de degradação. Bento IX cansou-se de tanta missa e renunciou ao cargo para casar com uma prima – que o abandonaria mais tarde.



8. Clemente VI
Comprou bordel



Em 1342, com Clemente VI chega também à Igreja Joana de Nápoles, a sua amante favorita. O Papa comprou um “bordel respeitável” só para os membros da cúria – um negócio, segundo os documentos da época, feito “por bem de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Tornou-se proxeneta das prostitutas de Avinhão (a quem cobrava um imposto especial) e teve a ideia de conceder, duas vezes por semana, audiências exclusivamente a mulheres. Recebia as amantes numa sala a poucos metros dos espaços em que os verdugos da Inquisição faziam o seu trabalho. No seu funeral, em Avinhão, foi distribuído um panfleto em que o diabo em pessoa agradecia ao Papa Clemente VI porque, com o seu mau exemplo, “povoara o inferno de almas”.



9. Xisto III
Violou freira e foi canonizado


Obcecado por mulheres mais novas, foi acusado de violar uma freira numa visita a um convento próximo de Roma. Enquanto orava na capela, o Papa, eleito em 432, pediu assistência a duas noviças. Violou uma, mas a segunda escapou e denunciou-o. Em tribunal, Xisto III defendeu-se, recordando a história bíblica da mulher que foi apanhada em adultério. Perante isso, os altos membros eclesiásticos reunidos para condenar o Papa-violador não se atreveram a “atirar a primeira pedra” e o assunto foi encerrado. Xisto III foi, aliás, canonizado depois de morrer. Seguiu-se-lhe Leão I, que também gostava de mulheres mais novas e que mandou encarcerar uma rapariga de 14 anos num convento, depois de a engravidar.


10. João XII
Morto pelo marido da amante

Nos conventos rezava-se para que morresse. João XII era bissexual e obrigava jovens a ter sexo à frente de toda a gente. Gozava ao ver cães e burros atacar jovens prostitutas. Organizou um bordel e cometeu incesto com a meia-irmã de 14 anos. Raptava peregrinas no caminho para lugares sagrados e ordenou um bispo num estábulo. Quando um cardeal o recriminou, mandou-o castrar. Um grupo de prelados italianos, alemães e franceses julgaram-no por sodomia com a própria mãe e por ter um pacto com o diabo para ser seu representante na Terra. Foi considerado culpado de incesto e adultério e deposto do cargo, em 964. Foi assassinado – esfaqueado e à martelada – em pleno acto sexual pelo marido de uma das suas várias amantes.





São mais de 300 páginas com centenas de histórias pouco santas sobre a vida sexual dos Papas da Igreja Católica. O livro do jornalista peruano Eric Frattini, recém-chegado às livrarias portuguesas e editado pela Bertrand, percorre, ao longo dos séculos, a intimidade secreta de papas e antipapas, mas não pretende causar "escândalo". Apenas "promover uma reflexão sobre a necessária reforma da Igreja ao longo dos tempos".

O escritor admite, aliás, que alguns dos relatos possam ter sido inventados, nas diferentes épocas, por inimigos políticos dos sumos pontífices. Lendas ou verdades consumadas, no livro "Os Papas e o sexo" há de tudo. Desde Papas violadores e zoofílicos a Papas homossexuais e fetichistas, além de Santos Padres incestuosos, pedófilos ou sádicos, passando por Papas filhos de Papas e Papas filhos de padres.

Alguns morreram assassinados pelos maridos das amantes em pleno acto sexual. Outros foram depostos do cargo, julgados pelas suas bizarrias sexuais e banidos da história da Igreja. Outros morreram com sífilis, como o Papa Júlio II, eleito em 1503, que ficou na história por ter inventado o primeiro bordel gay de que há memória.

Bonifácio IX deixou 34 filhos, a que chamava, carinhosamente, de "adoráveis sobrinhos". Martinho V encomendava contos eróticos, que gostava de ler no recolhimento do seu quarto.

Paulo II era homossexual e Listo IV, que cometeu incesto com os sobrinhos, bissexual. Inocêncio VIII reconheceu todos os filhos que fez e levou-os para a Santa Sé. Um deles tornou-se violador. João XI (931-936) cometeu incesto com a própria mãe, violava fiéis e organizava orgias com rapazes.

Sérgio III teve o infortúnio de se apaixonar por mãe e filha e não esteve com meias medidas: rendeu-se à prática da ménage à trois. Bento V só esteve no Governo da Igreja 29 dias, por ter desonrado uma rapariga de 14 anos durante a confissão. Depois de ser considerado culpado, fugiu e levou boa parte do tesouro papal consigo.

João XIII era servido por um batalhão de virgens, desonrou a concubina do pai e uma sobrinha e comia em pratos de ouro enquanto assistia a danças de bailarinas orientais. Os bailes acabaram quando foi assassinado pelo marido de uma amante em pleno acto sexual. Silvestre II fez um pacto com o diabo. Era ateu convicto e praticava magia. Acabou envenenado.

Dâmaso I, que a Igreja canonizou, promovia homens no ciclo eclesiástico, sendo a moeda de troca poder dormir com as respectivas mulheres. Já o Papa Anastácio, que tinha escravas, teve um filho com uma nobre romana, que se viria a tornar no Papa Inocêncio I (famoso pelo seu séquito de raparigas jovens). Pai e filho acabaram canonizados.

Leão I era convidado para as orgias do Imperador, mas sempre se defendeu, dizendo que ficava só a assistir. Mesmo assim, engravidou uma rapariga de 14 anos, que mandou encerrar num convento para o resto da vida. Bento VIII morreu com sífilis e Bento IX era zoófilo. Urbano II criou uma lei que permitia aos padres terem amantes, desde que pagassem um imposto.

Alexandre III fazia sexo com as fiéis a troco de perdões e deixou 62 filhos. Foi expulso, mas a Igreja teve de lhe conceder uma pensão vitalícia, para poder sustentar a criançada.

Gregório I gostava de punir as mulheres pecadoras, despindo-as e dando-lhes açoites. Bonifácio VI rezava missas privadas só para mulheres e João XI violou, durante quatro dias, uma mãe e duas filhas. Ao mesmo tempo

1. João Paulo II
Acusado de ter um filha secreta

Em 1995, o norte-americano Leon Hayblum escrevia um livro polémico, em que dizia ser pai da neta de João Paulo II. Durante a oupação nazi da Polónia, Wojtyla terá casado, secretamente, com uma judia. Do enlace nasceu uma rapariga, que o próprio pai entregou, com seis semanas, a um convento local. No seu pontificado especulou-se muito sobre as namoradas que teve antes do sacerdócio. O Papa admitiu algumas, mas garantiu nunca ter tido sexo. No Vaticano, fazia-se acompanhar por uma filósofa norte-americana, Anna Teresa Tymieniecka, com quem escreveu a sua maior obra filósofica. Acabaram zangados, supostamente por ciúmes.

2. Paulo VI
Homossexual?

Assim que chegou ao Vaticano, Paulo VI mostrou-se muito conservador em relação às matérias ligadas à sexualidade. Em 1976, indignado com as declarações homofóbicas de Paulo VI, um historiador e diplomata francês, Roger Peyrefitte, contou ao mundo que, afinal, o Papa era homossexual e manteve uma relação com um actor conhecido. O escândalo foi tremendo: Paulo VI negou tudo e o Vaticano chegou a pedir orações ao fiéis do mundo inteiro pelas injúrias proferidas contra o Papa. Paulo VI morreu em 1978, aos 81 anos, depois de 15 pontificado, vítima de um edema pulmonar causado, em boa parte parte, pelos dois maços de cigarros que fumava por dia.

3. Inocêncio X
Amante da cunhada

Eleito no conclave de 1644, Inocêncio X manteve uma relação com Olímpia Maidalchini, viúva do seu irmão mais velho – facto que lhe rendeu o escárnio das cortes da Europa. Inocêncio X não era, aliás, grande defensor do celibato. Olímpia exercia grande influência na Santa Sé e chegou a assinar decretos papais. A dada altura, o Papa apaixonou-se por outra nobre, Cornélia, o que enfureceu Olímpia. Mesmo assim, foi a cunhada quem lhe valeu na hora da morte e quem assegurou o funcionamento do Vaticano quando Inocêncio estava moribundo. Quando morreu, em 1655, Olímpia levou tudo o que pôde da Santa Sé para o seu palácio em Roma, com medo de que o novo Papa não a deixasse ficar com nada.


4. Leão X
Morreu de sífilis


Foi de maca para a própria coroação, por causa dos seus excessos sexuais. Depois de Júlio II ter morrido de sífilis, em 1513 chega a Papa Leão X, que gostava de organizar bailes, onde os convidados eram somente cardeais e onde jovens de ambos os sexos apareciam com a cara coberta e o corpo despido. O Papa gostava de rapazes novos, às vezes vestia-se de mulher e adorava álcool. “Quando foi eleito tinha dificuldade em sentar-se no trono, devido às graves úlceras anais de que sofria, após longos anos de sodomia”, escreve Frattini. Estes e outros excessos levaram Lutero a afixar as suas 95 teses – que lhe garantiram a excomunhão em 1521. Leão X morreu com sífilis aos 46 anos.



5. Alexandre VI
O Insaciável



Gostava de orgias e obrigou um jovem de 15 anos a ter sexo com ele sete vezes no espaço de uma hora, até o rapaz morrer de cansaço. Teve vários filhos, que nomeou cardeais. Assim que chegou ao Papado, em 1431, trocou a amante por uma mais nova, Giulia. Ela tinha 15 anos, ele 58. Foi Alexandre VI quem criou a célebre “Competição das Rameiras”. No concurso, o Papa oferecia um prémio em moedas de ouro ao participante que conseguisse ter o maior número de relações sexuais com prostitutas numa só noite. Depois de morrer, o Vaticano ordenou que o nome de Alexandre VI fosse banido da história da Igreja e os seus aposentos no Vaticano foram selados até meados do século XIX.



6. João XXIII
Violou irmãs e 300 freiras



Não aparece na lista oficial de Papas e acabou preso em 1415. O antipapa conseguia dinheiro a recomendar virgens de famílias abastadas a conventos importantes. Mas violava-as antes de irem. Tinha um séquito de 200 mulheres, muitas delas freiras. Criou um imposto especial para as prostitutasde Bolonha. Tinha sexo com duas das suas irmãs. Defendia-se, dizendo que não as penetrava na vagina e que por isso não cometia nenhum pecado. Foi julgado, acusado de 70 crimes de pirataria, assassinato, violação, sodomia e incesto. Entre outros factos, o tribunal deu como provado que o Papa teve sexo com 300 freiras e violou três das suas irmãs. Foi deposto do cargo e preso. Voltou ao Vaticano, anos mais tarde, como cardeal.



7. Bento IX
Sodomizava animais



Chegou a Papa em 1032 com 11 anos. Bissexual, sodomizava animais e foi acusado de feitiçaria, satanismo e violações. Invocava espíritos malignos e sacrificava virgens. Tinha um harém e praticava sexo com a irmã de 15 anos. Gostava, aliás, de a ver na cama com outros homens. “Gostava de a observar quando praticava sexo com até nove companheiros, enquanto abençoava a união”, escreve Eric Frattini. Convidava nobres, soldados e vagabundos para orgias. Dante Alighieri considerou que o pontificado de Bento IX foi a época em que o papado atingiu o nível mais baixo de degradação. Bento IX cansou-se de tanta missa e renunciou ao cargo para casar com uma prima – que o abandonaria mais tarde.



8. Clemente VI
Comprou bordel



Em 1342, com Clemente VI chega também à Igreja Joana de Nápoles, a sua amante favorita. O Papa comprou um “bordel respeitável” só para os membros da cúria – um negócio, segundo os documentos da época, feito “por bem de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Tornou-se proxeneta das prostitutas de Avinhão (a quem cobrava um imposto especial) e teve a ideia de conceder, duas vezes por semana, audiências exclusivamente a mulheres. Recebia as amantes numa sala a poucos metros dos espaços em que os verdugos da Inquisição faziam o seu trabalho. No seu funeral, em Avinhão, foi distribuído um panfleto em que o diabo em pessoa agradecia ao Papa Clemente VI porque, com o seu mau exemplo, “povoara o inferno de almas”.



9. Xisto III
Violou freira e foi canonizado



Obcecado por mulheres mais novas, foi acusado de violar uma freira numa visita a um convento próximo de Roma. Enquanto orava na capela, o Papa, eleito em 432, pediu assistência a duas noviças. Violou uma, mas a segunda escapou e denunciou-o. Em tribunal, Xisto III defendeu-se, recordando a história bíblica da mulher que foi apanhada em adultério. Perante isso, os altos membros eclesiásticos reunidos para condenar o Papa-violador não se atreveram a “atirar a primeira pedra” e o assunto foi encerrado. Xisto III foi, aliás, canonizado depois de morrer. Seguiu-se-lhe Leão I, que também gostava de mulheres mais novas e que mandou encarcerar uma rapariga de 14 anos num convento, depois de a engravidar.



10. João XII
Morto pelo marido da amante



Nos conventos rezava-se para que morresse. João XII era bissexual e obrigava jovens a ter sexo à frente de toda a gente. Gozava ao ver cães e burros atacar jovens prostitutas. Organizou um bordel e cometeu incesto com a meia-irmã de 14 anos. Raptava peregrinas no caminho para lugares sagrados e ordenou um bispo num estábulo. Quando um cardeal o recriminou, mandou-o castrar. Um grupo de prelados italianos, alemães e franceses julgaram-no por sodomia com a própria mãe e por ter um pacto com o diabo para ser seu representante na Terra. Foi considerado culpado de incesto e adultério e deposto do cargo, em 964. Foi assassinado – esfaqueado e à martelada – em pleno acto sexual pelo marido de uma das suas várias amantes.

6 de mar. de 2013

Genocídio e Espetáculo



Genocídio e Espetáculo
A Realidade Atual
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Algumas palavras sobre os processos vividos no Rio de Janeiro dentro de uma perspectiva anarquista

O seguinte texto surge de uma reflexão coletiva realizada entre indivíduxs que circulavam na okupação anarquista Flor do Asfalto, que se situa no olho do furacão dos projetos de reurbanização e consequente endurecimento da repressão no Rio de Janeiro. A presente reflexão pretende contribuir, partindo de uma ótica anarquista, para o esclarecimento quanto aos processos de criminalização da pobreza e violência estatal declarada contra os movimentos de resistência rebelados frente a tais projetos. Motivou muito a elaboração desse ensaio o seu poder de acrescentar mais elementos aos debates que já fervem no Rio de Janeiro e outras cidades, para que pessoas que não tiveram a oportunidade de vivenciar em suas próprias peles esta realidade tão particular possam, enfim, respirar um pouco desses ares. Essa iniciativa surge, também, com a intenção de contribuir para a guerra social, já que as estratégias do poder hierárquico já há séculos se reproduzem e se repetem em diferentes regiões e distintas épocas. Afinal, acreditamos que o que hoje se vivencia aqui pode ser nada mais que um estágio avançado dos próprios sintomas das grandes cidades, pelo menos no que diz respeito ao território controlado pelo Estado brasileiro.

Rio de Janeiro, futura sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, emblemática metrópole erguida através de um paradisíaco e admirável ecossistema(1). Aqui é onde, em cada mínima fração de seus bairros e ruas, fazem-se evidentes os contrastes próprios do reino mercantil: espalhada por várias zonas da cidade, a pobreza gritante, a decadência profunda, o abandono administrativo em estado cru; em contrapartida, em outras regiões, o luxo higiênico faz a roupagem do cenário simulado e superficial de uma vida consumista e cômoda, constantemente vigiada por câmeras e policiamento ostensivo. Esse chão de tantas histórias, de tantas tramas conhecidas como parte de uma dita “história geral do Brasil”, é o palco onde também se produzem extremismos de caráter urbano que só neste lugar podem ser vivenciados, pelo menos na proporção em que se manifestam.

Segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – medida comparativa internacional para classificar o “desenvolvimento” econômico em âmbito territorial – na cidade do Rio convivem IDH`s de alguns dos bairros mais ricos do mundo, equivalente ao dos países mais acomodados da Europa, enquanto várias favelas têm o IDH equivalente ao de alguns dos países mais pobres do continente africano. A raiz disso pode ser encontrada no fato de sempre ter sido uma cidade onde coexistiram a extrema riqueza e a extrema pobreza, tendo sido um dos maiores portos de seres humanos sequestrados da África e vendidos como escravos. Além disso, durante 12 anos foi a capital do império português e, posteriormente à “independência”, foi a capital do Brasil até meados do século XX. Se antes os contrastes envolviam os palácios da nobreza e as senzalas e demais redutos negros, hoje ela se manifesta entre os opulentos bairros ricos – dignos de uma Beverly Hills – e as inumeráveis favelas.

A questão racial está inerentemente ligada à história do Rio de Janeiro. Se hoje existe uma política de barbárie assediando esta cidade, seguramente é por ela ser herdeira direta do regime escravista. Esse dado remonta ao momento da formação de um poder público autônomo e da própria constituição do Estado brasileiro. Com a chegada da família real portuguesa em 1808, a polícia carioca foi criada para edificar uma ordem pública que buscava enfrentar a população escravizada na rua, aterrorizando as pessoas negras e pobres com castigos físicos em público e eliminação física, além de combater a resistência que acontecia de diferentes maneiras, políticas e culturais, organizadas ou não. Desde as fugas rebeldes e consequentes formações de quilombos(2),  a capoeira, luta surgida na rua e ferramenta inseparável dxs negrxs revoltadxs, até revoltas organizadas que ocorreram ao longo de todo este período. A favela é filha e neta dessas resistências, berço de belíssimas manifestações culturais afro-descendentes, reduto de gente que nunca separou a luta do sorriso.

A origem das favelas no Rio de Janeiro remete a meados do século XIX, quando com o fim da escravidão uma parte das pessoas libertas se deslocou para a capital federal se fixando informalmente em lugares que passaram a ser denominados Favelas. O primeiro desses lugares a ser chamado de favela foi o Morro da Providência, localizado próximo à zona portuária, no centro do Rio, ocupado em 1897 por soldados negros do exército brasileiro, que  voltavam da Guerra de Canudos e haviam deixado de receber o soldo; sem condições financeiras, passaram a habitar o morro em barracos provisórios. O termo favela remonta ao arraial de Canudos, que estava situado na Bahia e havia sido construído num morro que tinha muitas plantas de uma espécie conhecida popularmente por Favela ou Faveleiro. Esta planta foi também encontrada no Morro da Providência e fez com que o mesmo inicialmente fosse denominado Morro da Favela. Com o tempo, o termo passou a ser usado para designar lugares de habitações populares. A favela, dentro da ótica urbana, é herdeira das senzalas, surge como um dos maiores expoentes do agudo segregacionismo, do isolamento, o refugo humano dentro de um regime que havia substituído o trabalho escravo pela escravidão assalariada, já que os tempos eram outros e exigiam novas formas de exploração.

Em contrapartida a favela é expoente da resistência cultural negra que seguiu se desenvolvendo, ambiente de manifestações culturais como o samba, a capoeira e as religiosidades afro-descendentes (como o candomblé e a umbanda), além de ser o hábitat natural da genuína malandragem. Portanto, o policial carioca é o capitão-do-mato moderno, que apenas substituiu o chicote pelo fuzil. Se antes a desvalorização da vida se traduzia na imagem dx negrx escravizadx, hoje passa a ser refletida na figura dx faveladx.


O que se vivencia atualmente é uma guerra civil, num nível de conflito urbano armado inexistente na América Latina, camuflada como “guerra contra o narcotráfico”. As favelas estão sempre controladas pelos traficantes ou pelas milícias(3), e  mais atualmente pela polícia, que se utilizam de um arsenal de guerra para defender seu território. As balas do dia-a-dia são como arroz-com-feijão.

Seguramente a produção econômica na cidade gira em torno do turismo, sem dúvidas o Rio é uma das cidades mais turísticas do mundo. A “cidade maravilhosa” é feita de maravilhas para qualquer pessoa que usufrua de condições econômicas para consumi-las, a espetaculização e a maquiagem se fazem necessárias  para manter o ambiente da cidade confortável a essas pessoas. Esse quadro faz desencadear uma constante e cada vez mais acentuada criminalização da pobreza, que ocorre por diferentes frentes e por diferentes âmbitos no presente contexto, travestida como reformas urbanas e melhorias da qualidade de vida da população. Mas, efetivamente, são o encaminhamento de megalomaníacos projetos econômicos levados a cabo numa série de parcerias público-privada.

A realidade social do Rio de Janeiro torna cada vez mais explícita a linha tênue entre diferentes estratégias da gestão estatal, entre a ditadura e a democracia. Afinal, a tortura, a eliminação física e o encarceramento (que ganharam visibilidade no período da ditadura militar por atingirem setores da classe média), para x negrx, pobre e faveladx, sempre foram uma realidade. Num período de tão aclamada democracia são fatos que se tornam cada vez mais e mais presente. A partir das novas gestões do governo do estado (nas mãos de Sérgio Cabral Filho desde 2006) e da prefeitura da cidade (nas mãos de Eduardo Paes desde 2009), distintas táticas têm sido utilizadas, iniciativas que surgem por diferentes lados: 1) o combate ao trabalho de rua informal, que diante de tal realidade se torna uma das principais alternativas de sobrevivência as/aos que não têm dinheiro; 2) a retomada do controle de zonas antes controladas pelo narcotráfico; 3) os projetos de obras urbanas, como a revitalização da zona portuária; 4) a avassaladora presença de drogas como o crack, e mais recentemente o OXI, que reforçam o controle populacional. Somando-se a todos estes elementos está o próprio extermínio de civis pelas mãos da polícia, justificado como baixas de guerra em meio a uma suposta guerra contra o tráfico, muitas vezes se utilizando dos chamados Autos de Resistência(4) para camuflar execuções sumárias. O que existe na prática é um genocídio silencioso, que além de atingir os supostos grupos visados, que seriam as facções do narcotráfico, atinge, sobretudo, toda a camada de pessoas que se encontra no meio da zona de conflito. As cifras de mortes em mãos de forças policiais no Rio de Janeiro são altíssimas, como as dos três últimos anos. Em 2008, foram 611 mortes; em 2009 foram 495; e em 2010 foram 545 – números que se aproximam à quantidade de pessoas mortas nas chuvas que atingiram a serra do Estado do Rio, em janeiro deste ano, considerada a “maior catástrofe natural” da história do Brasil.

Com cânticos sinistros de louvação à guerra, entoados em seus treinamentos, o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) não deixa dúvidas quanto à sua tarefa: “homem de preto/ qual é a sua missão?/ é invadir a favela/ deixar corpo no chão”; ou ainda: “vou me infiltrar numa favela/ com fuzil na mão/ vou combater o inimigo/ provocar destruição”. O BOPE foi concebido e adestrado para ser uma máquina de guerra e exterminar faveladxs. O fato de seu símbolo ser uma caveira não é meramente simbólico.

Um dos projetos pilotos do atual governo do estado, inserido na lógica de reestruturação e maquiamento da cidade, são as maquiavélicas UPP’s (Unidades de Polícia Pacificadora). Estas são unidades da polícia que através da invasão permanente estão retomando o controle das comunidades que antes estavam sob o controle do tráfico.

Coincidentemente ou não, todas estas comunidades são favelas em zonas de elevado interesse econômico como a zona sul e as áreas nobres da zona norte, além das demais zonas de interesses turístico/econômicos(5). As UPP’s surgem como o ápice da “guerra” ao narcotráfico, demarcam um momento em que o Estado finalmente estaria dando uma resposta mais efetiva e enérgica ao tráfico. A presença permanente da polícia na comunidade permite que a mesma aja com completa impunidade (uma espécie de estado de exceção não declarado), atuando descaradamente por meio da inconstitucionalidade, invadindo constantemente domicílios e aterrorizando moradorxs. A ironia é que em nenhuma comunidade onde atualmente existem UPP’s acabou-se efetivamente o tráfico: muito pelo contrário, mantém seu comércio vivo e atuante, embora ostente menos armas, agregue maior suborno para os policiais, sem tiroteios porém seguindo como sempre.

As UPP’s estão profundamente relacionadas com o processo de higienização sócio-econômica que está em andamento por toda a capital carioca, atuam como precursoras de um inovador processo de gentrificação(6) de áreas favelizadas. Após a sua intervenção, são cortadas as instalações clandestinas de energia elétrica e água, causando, desde o início, um aumento drástico do custo de vida nesses locais e a consequente evasão indireta da população pobre que antes habitava a área – uma espécie de despejo por etapas.

Na zona sul, barracos já são vendidos e alugados a preços altíssimos, ao mesmo tempo que processos de saneamento básico começam a ser efetivados onde antes não existiam. Mas a quem são destinadas essas “melhorias”? Logicamente, às novas pousadas (ou outras variações de negócios privados) e aos novos frequentadores do lugar: turistas e indivíduos da classe média.

Essas operações de chacina em massa, organizadas pelo Estado e suas parcerias privadas, só são inteiramente possíveis após a inserção nas comunidades do braço esquerdo dessas intervenções: as ONG’s. Incluídas no processo de contenção de danos, fica a cargo das instituições não governamentais a infiltração nas favelas com projetos de fundo de desenvolvimento social. A presença dessas organizações nas comunidades é, por sua vez, marcada por ambiguidades. Enquanto essas instituições “propiciam” desenvolvimento sócio-cultural localmente, está no pano de fundo de sua inserção seu caráter desde o princípio apaziguador, os lucros possibilitados pelas isenções fiscais e pelos investimentos transnacionais que muitas vezes compõem sua sustentabilidade, além de sua atuação no mapeamento e cadastro de moradores, induzindo-os também a assumirem o papel de delatores da comunidade. Há casos similares envolvendo os mais recentes programas sociais do governo federal junto às áreas urbanas consideradas como “áreas de risco” (que têm como piloto o programa Fica Vivo).

É nesse cenário geral de retaliações e invasão marcadamente militar que se insere o Choque de Ordem, iniciativa criada no início de 2009 pelo atual prefeito Eduardo Paes, organizada pela Secretaria de Segurança Pública, reunindo diferentes órgãos como a guarda municipal, polícias civil e militar, a Comlurb, a Secretaria de Habitação num conjunto de ações que visam a “restituir a ordem na cidade”. Focando-se sobretudo no combate aos/as camelôs, na remoção de moradorxs de rua, entre usuárixs e não usuárixs de crack, e nos inumeráveis despejos de moradias consideradas ilegais ou irregulares, como é o caso das ocupações urbanas e de favelas ou partes de favelas que estão sendo removidas por estarem situadas  no caminho dessas reformas.

5 de mar. de 2013

O Dia Que o Morro Descer e Não For Carnaval....


O dia em que o morro descer e não for carnaval
(Wilson das Neves / Paulo César Pinheiro)

O dia em que o morro descer e não for carnaval
ninguém vai ficar pra assistir o desfile final
na entrada rajada de fogos pra quem nunca viu
vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil
(é a guerra civil)

No dia em que o morro descer e não for carnaval
não vai nem dar tempo de ter o ensaio geral
e cada uma ala da escola será uma quadrilha
a evolução já vai ser de guerrilha
e a alegoria um tremendo arsenal
o tema do enredo vai ser a cidade partida
no dia em que o couro comer na avenida
se o morro descer e não for carnaval

O povo virá de cortiço, alagado e favela
mostrando a miséria sobre a passarela
sem a fantasia que sai no jornal
vai ser uma única escola, uma só bateria
quem vai ser jurado? Ninguém gostaria
que desfile assim não vai ter nada igual

Não tem órgão oficial, nem governo, nem Liga
nem autoridade que compre essa briga
ninguém sabe a força desse pessoal
melhor é o Poder devolver à esse povo a alegria
senão todo mundo vai sambar no dia
em que o morro descer e não for  carnaval.

QUEM NÃO OUSARIA????????

QUEM NÃO OUSARIA????????
COLHER TÃO LINDA ROSA?????

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