30 de nov. de 2010

MALDITOS OU MARGINAIS...



LITERATURA MARGINAL-ESCRITORES MALDITOS?

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Quando se pensa em literatura marginal logo alguns nomes surgem como Charles Bukowski, Samuel Beckett, Fante, William Blake, Jack Kerouac, Poe, William Burroughs, Jean Genet, Knut Hamsun dentre muitos rebeldes malditos que precisaram ser factótum para afirmarem-se enquanto escritores. O que os assemelha é sua reação a sociedade bem comportada e sua criação literária ser um afronta aos valores socialmente aceitos.
Sua escrita é debochada, contestatória de um sistema social que brutaliza e que elege o que deve ser lido, escrito e até pensado.
Estes autores pensaram ao contrário, e de seus núcleos marginais distantes do grande centro do saber e da cultura nacional, produziram uma contracultura e deixaram de ser uma literatura menor porque estavam articuladas na produção de nova subjetividade, onde bêbado, junk, ladrões, loucos... podem tornar-se escritores.
Hoje cada vez mais leitores procuram estes e outros autores, numa busca de significados para uma sociedade individualista, onde seus críticos e literatos contemporâneos não dão respostas muitas vezes convincentes.
O achado na leitura destes autores está na narrativa que personagens excluídos entram em cena como prostitutas, bêbados, drogados, ladrões, mulheres e homens loucos, homossexuais, errantes, desempregados, subempregados, aqueles do gueto e da boca do lixo. Aqueles que a literatura clássica e moderna como a de Balzac, D. H. Lawrence, Joseph Conrad, Bernard Shaw, por exemplo, não absorviam. Ele e muitos clássicos retratavam a vida da burguesia, da nobreza. Com isso não estou fazendo um convite de não ler os clássicos (que são indispensáveis e imprecindíveis), mas de incorporar a leitura daqueles que são estigmatizados como malditos, rebeldes, anárquicos; e que tem muito a dizer sobre nossa sociedade excludente, onde entram em cena personagens que convivemos e que precisamos mudar o olhar sobre eles.
Pois a história, principalmente a nova história, inclui prisioneiros, mulheres, trabalhadores fabris, homossexuais como novos personagens que fizeram e fazem história. Michele Perrot, Peter Bark que o digam.
No cenário literário estes escritores, dentre outros, põe em cena, sem recorrer muito a um universo psicológico, a história de novos atores, minorias estigmatizadas que lutam pela sobrevivência e felicidade numa sociedade que lhes oferece pouco, mas que são partes da história da vida cotidiana e coletiva de todos nós.
Para aqueles que não conhecem estes autores, convido-os e visitá-los. A sensibilidade, originalidade, poesia e beleza de seus escritos certamente os fascinarão. E para não esquecer também leiam dois brasileiros que sou fã e tenho a maior admiração como autores marginais, ou seja, à margem do sistema, que é Plínio marcos e João Antônio. Vai ser um banho de cultura e convite à vida, à humildade, à reflexão, às novas idéias, à tolerância. E porque não á democracia, ao respeito dos sentimentos profundo dos excluídos e marginalizados ao qual dedicaram sua pesquisa e escrita literária.e Literatura .com.br

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QUEM NÃO OUSARIA????????

QUEM NÃO OUSARIA????????
COLHER TÃO LINDA ROSA?????

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