Quero me apaixonar todos os dias
Por loucos, vadios e artistas falidos
Discutir filosofias inúteis numa mesa de bar
Atravessar noites em orgias libertárias
E dissecar todo o cinismo barato
Que só serve para intelectuais se gabar
Quero construir pontes entre o nada e o infinito
Nadar num mar de preguiça absurda
Até me sentir exausto de tanto gozar
Desconstruir arquétipos podres e ridículos
Construir canções soltas no ar
Tomando vinho que qualquer um pode pagar
Juro
Eu quero te amar
Em cada suspiro, em cada gesto
Amar sem precisar te amar
Juro
Eu quero te ter
No corpo e na alma
Querer sem precisar te querer
E todos os dias recomeçar sem culpa,
sem flagelos
Buscar novos caminhos
Únicos amores
Que façam de meu corpo
Um santuário de poesia
Pois só entrego minha vida
A quem me oferecer abrigo
Sem pedido de recompensa
Nenhum comentário:
Postar um comentário