28 de fev. de 2011

APENAS MAIS UM OLHAR OCIDENTAL REFLEXIVO SOBRE O CONFLITO NO EGITO

Fosse em outras circunstâncias, a atual crise política no Egito poderia ser vista como uma notícia alvissareira para o Oriente Médio, mas a realidade dos fatos nos impõe um cenário extremamente preocupante. No melhor dos mundos, a revolução no Egito levaria o país de uma ditadura para uma democracia. No mundo real, a verdade é que ela está levando o país, de uma ditadura islâmica moderada (para os padrões islâmicos, diga-se de passagem) para uma ditadura islâmica radical, de confronto com Israel e aliança cimentada com o Hamas e o Hezbollah.

Apesar de Hosni Mubarak ser um ditador que se perpetua no poder há 30 anos (sendo antecedido por dois outros ditadores – Nasser, que mandou de 1952 a 1970, e Anwar Sadat, que governou de 1970 a 1981 – todos anti-Israel, com Sadat mudando de posição só no final da vida), o Egito sob Mubarak se tornou um parceiro de Israel no Oriente Médio e uma voz moderada nas negociações de paz naquela região.

A revolução no Egito é liderada pela facção chamada "Irmandade Muçulmana", que a muito tempo procura assumir o poder para mudar a forma com que a lei islâmica é aplicada no país.

Assim como a Revolução Islâmica que derrubou o xá Reza Pahlev em 1979 resultou no Irã que vemos hoje, o mesmo se desenha para o Egito, se concretizada a revolução em andamento. E pior que o presidente Barack Hussein Obama, em vez de aprender com a história, comete o mesmo erro que seu colega de partido Jimmy Carter cometeu há 32 anos, quando saudou a Revolução Islâmica no Irã como positiva, e todos vimos no que deu aquilo. Claro que, como a revolução no Egito parece inevitável, o presidente norte-americano pode ter se sentido “pisando em ovos” diante da situação, imaginando que se declarar contra a Irmandade Muçulmana agora poderia piorar as coisas em termos de tentativas futuras de negociações com os egípcios. Por outro lado, a verdade é que, quer os EUA se declarassem contra a Irmandade ou não, o comportamento padrão desta nos mostra que o resultado prático do discurso norte-americano sobre ela seria o mesmo: nulo. A Irmandade não vai se tornar “boazinha” só porque o presidente norte-americano a tratou com respeito quando ela caminhava para tomar o poder no Egito

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QUEM NÃO OUSARIA????????

QUEM NÃO OUSARIA????????
COLHER TÃO LINDA ROSA?????

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