
Exatamente assim,dias de sombras alguns poucos luz,como o cotidiano permeado por emoções e motivações diferenciadas.Que possamos ser nós mesmos sem nos envergonhar de nossos demonios , tentando aprisiona-los,muito menos nos alienar em encantamento pelos anjos que habitam em nós.Se possivel queimar as máscaras.beijar a rosa e o sexo, apenas humanos já que não conseguimos ser bons.Hanna
20 de dez. de 2012
Não Iremos Embora!!
Aqui
Sobre vossos peitos
Persistimos
Como uma muralha
Em vossas goelas
Como cacos de vidro
Imperturbáveis
E em vossos olhos
Como uma tempestade de fogo
Aqui
Sobre vossos peitos
Persistimos
Como uma muralha
Em lavar os pratos em vossas casas
Em encher os copos dos senhores
Em esfregar os ladrilhos das cozinhas pretas
Para arrancar
A comida de nossos filhos
De vossas presas azuis
Aqui sobre vossos peitos
Persistimos
Como uma muralha
Famintos
Nus
Provocadores
Declamando poemas
Somos os guardiões da sombra
Das laranjeiras e das oliveiras
Semeamos as idéias como o fermento na massa
Nossos nervos são de gelo
Mas nossos corações vomitam fogo
Quando tivermos sede
Espremeremos as pedras
E comeremos terra
Quando estivermos famintos
Mas não iremos embora
E não seremos avarentos com nosso sangue
Aqui
Temos um passado
E um presente
Aqui
Está nosso futuro
*Tawfic Zayyad, palestino de Nazaré, é considerado um pioneiro da poesia de resistência. A maior parte de sua obra foi escrita na prisão.
19 de dez. de 2012
Esqueçam
Cavei um buraco para atirar meu corpo
Clamei pelos bafejos da morte, amaldiçoei a vida
Reuni corvos, urubus e outras aves de rapina
Em torno de minha alma que também sofria.
Relapso hoje, ontem um bakuninista
Vítima algemado a um país católico petista
De bandidos a senadores que não sanam dores
E cidadãos miseráveis; deputados inimputáveis,
Na puta que pariu todos os seus dissabores
Estado que definha sob nossas vistas.
Faço vistas grossas, desapercebido
Passo e sigo cabisbaixo como um casuísta,
Suborno o que em minha vida tinha de são
Renego a bandeira negra que hasteei em vão
Cuspo no evangelho que bêbado escrevi
O que restou de resto de mim foi esquecido.
Tropeço em minhas dúvidas, esquivo
A danação invoco, os maus agouros
A revolta hostil dos berberes mouros
E a perseguição imposta pelos cristãos,
Como Pilatos lavo minhas mãos,
Esqueçam-se de que um dia eu fui vivo.
Danton Medrado
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QUEM NÃO OUSARIA????????

COLHER TÃO LINDA ROSA?????
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