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Cirurgía executada pelo Dr Eugene Schrang,Neenah,Wisconsin |
Os antigos desenvolveram os métodos de castração e podiam ver os efeitos dela por todas partes. Pelo uso da castração na domesticação de animais, aprenderam rapidamente que a remoção dos testículos de um menino, contanto que fosse novo, previnia a sua masculinização. Tal pessoa vivia para sempre como um menino, ou seja, chegaria a ser um homem adulto mais parecido a uma menina. A cirurgia de castração foi praticada freqüentemente nos adultos escravos cativos, contra à sua vontade, para “domesticá-los,” é dizer, torná-los eunucos. O efeito de castração em tais pessoas normais, depois da puberdade, não muda sua identidade--nem seus sentimentos--de gênero, mas sim diminui a libido e faz bem difícil adquirir uma musculatura típicamente masculina.
O conhecimento gradualmente acumulado sobre os efeitos de castração foi estendido para ajudar às transexuais MtF. Durante miles de anos, uns milhões incontáveis de transexuais, por vontade própria, procuraram e se submeteram a cirurgias muito mais perigosas e dramáticas do que a simples castração. Nestas cirugias, as transexuais foram completamente emasculadas pela remoção total do pênis, testículos e escroto. Em adição, a região púbica externa foi escultada para aproximar à vulva feminina. Ninguém sabe exatamente como começou a prática, mas se conhecia este tipo de cirurgia transexual na época dos gregos antigos, e especialmente durante o sexualmente permissivo Império Romano, e foi praticada segundo tradições e rituais “religiosos” que forneceram às “mulheres” resultantes um papel social.
Depois de se submeter a estas cirurgias, as transexuais novas—aquelas que sobreviveram—tanto evitaram se torner homens quanto adquiriram genitais com uma semelhança às femininas. Embora que lhes faltavam vaginas e os efeitos fortemente feminizantes dos hormônios femininos, transexuais novas no passado ainda podiam ter uma vida melhor depois dessa cirurgia.
Inclusive hoje, um número grande de garotas transexuais desesperadas na Índia e Bangladesh fogem das suas famílias para se juntar à casta “hijra.” Para se tornar uma hijra, estas adolescentes se submetem a cirurgias de emasculação total, sob condições primitivas (sendo o ópio a única anestesia que se usa) como teriam feito nos tempos antigos. A maioria das hijra se submetem a esta cirurgia pouco depois do começo da puberdade, e podemos olhar os resultados típicos na foto abaixo. Por ser castradas cedo, muitas delas conseguem evitar as feições secundárias de um corpo masculino, salvo o aprofundamento da voz, e podem ficar permanentemente com o corpo macio de uma moça.
Ao contrário do mito, uma emasculação externa completa depois da puberdade não extinga necessariamente o desejo sexual. A castração pós-pubertal deixa a nova hijra com a descoberta de uma nova excitação sexual e uma nova capacidade orgásmica. O resultado psicológico de tal cirurgia geralmente devastaria a libido de um homem normal, mas o efeito numa jovem transexual em geral é o contrário: a cirurgia pode a livrar e permitir uma expressão mais ampla de sua sensualidade e libido feminina. Tanto quanto às mulheres transexuais pós-operadas do mundo contemporáneo occidental, muitas hijra experimentam fortes sentimentos de excitação sexual pelos restos internos dos seus genitais (embora lhes faltam os tecidos externos nervosos que a SRS moderna preserva, ainda retêm as porções internas do corpo cavernoso erétil do pênis e naturalmente o próstata, que tem capacidade orgásmica). Muitas hijra, mesmo sem uma vagina, ainda podem desfrutar muito, até orgasmo, de sexo anal penetrativo com homens. Como resultado de sua emasculação completa, a região genital das hijra se parece muito feminino, e muitos homens indianos gostam de ter relações sexuais com elas. As hijra, por lado seu, aceitam a sua sina e a oportunidade limitada—mas real—de encontrar pelo menos um pouco de amor como mulheres nesta vida
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