A realidade é cinza. Nos bairros e zonas semi-rurais de Teresópolis, de qualquer forma haveria deslizamentos. Esta gestão municipal identificou cerca de 90 pontos críticos nas encostas urbanas. Nenhum deles foi atingido pela troma dagiua. Em alguns pontos atingidos, o ser humano interferiu demais no meio e se colocou em risco, com a concordância e às vezes o incentivo eleitoreiro das autoridades que gerenciaram a cidade nos últimos 30 anos. Em outros pontos, o deslizamento da montanha pegou moradores que estavam ali há 40 anos, em atividades semi-rurais, pequenos agrupamentos de familias que cultivam seu sustento e/ou prestam serviços nos condomínios rurais e fazendas.Lugares em que nunca se suspeitou de algum risco. Rios que nunca mudaram de rumo ou intensidade. Nas estradas que ligam Teresópolis a Nova Friburgo, o roteiro gourmet e das pousadas, hotéis e fazendas de gado, hortaliças e cavalos, não havia “favelas”, morros ocupados irregularmente, palafitas em beira de rio; mas, sim, pequenos núcleos urbanos muito charmosos, em cada um deles uma ou duas igrejas, algumas antigas, um pequeno comércio, casas de boa qualidade e muito cuidadas; e núcleos rurais, de pequenos e médios agricultores, que fazem parte do cinturão verde que abastece todo o Estado do Rio, os centros produtores de vegetais orgânicos, tomates, frutas etc. Nada disso ocupava o que virou moda chamar de “área de risco”. E foi destruido pelas correntezas imensas de lama que desceram das montanhas da região. Não eram ocupações irregulares, eram propriedades tradicionais da região. Não tinham como ser avisadas de nada, porque são propriedades isoladas, e porque nem o mais eficiente serviço de clima da Nasa ou defesa civil poderia prever que os contrafortes internos da serra deslizariam, mudando de lugar encostas e rios, alterando talvez para sempre a geografia dessa região, como um explosão vulcânica, em minutos!!!! A tradição, os fortes laços humanos, a dignidade desse povo deve ser respeitada. Eles – ao longo das estradas e nos locais isolados, e nas cidades, nas encostas, nas baixadas, estão com o pé (as mãos, o corpo) na lama, lutando para salvar seus bens e suas vidas, ombro a ombro com os socorristas, o pessoal da defesa civil, os soldados, todos que sairam da zona de conforto frente à tela da TV, e foram agarrar ar o touro verdadeiro, de frente. Os politicos? Ah, sim!!!! Que a lição valha para todos!!! Dirigentes e eleitores.

Exatamente assim,dias de sombras alguns poucos luz,como o cotidiano permeado por emoções e motivações diferenciadas.Que possamos ser nós mesmos sem nos envergonhar de nossos demonios , tentando aprisiona-los,muito menos nos alienar em encantamento pelos anjos que habitam em nós.Se possivel queimar as máscaras.beijar a rosa e o sexo, apenas humanos já que não conseguimos ser bons.Hanna
20 de jan. de 2011
A DESTRUIÇÃO NO RIO
A realidade é cinza. Nos bairros e zonas semi-rurais de Teresópolis, de qualquer forma haveria deslizamentos. Esta gestão municipal identificou cerca de 90 pontos críticos nas encostas urbanas. Nenhum deles foi atingido pela troma dagiua. Em alguns pontos atingidos, o ser humano interferiu demais no meio e se colocou em risco, com a concordância e às vezes o incentivo eleitoreiro das autoridades que gerenciaram a cidade nos últimos 30 anos. Em outros pontos, o deslizamento da montanha pegou moradores que estavam ali há 40 anos, em atividades semi-rurais, pequenos agrupamentos de familias que cultivam seu sustento e/ou prestam serviços nos condomínios rurais e fazendas.Lugares em que nunca se suspeitou de algum risco. Rios que nunca mudaram de rumo ou intensidade. Nas estradas que ligam Teresópolis a Nova Friburgo, o roteiro gourmet e das pousadas, hotéis e fazendas de gado, hortaliças e cavalos, não havia “favelas”, morros ocupados irregularmente, palafitas em beira de rio; mas, sim, pequenos núcleos urbanos muito charmosos, em cada um deles uma ou duas igrejas, algumas antigas, um pequeno comércio, casas de boa qualidade e muito cuidadas; e núcleos rurais, de pequenos e médios agricultores, que fazem parte do cinturão verde que abastece todo o Estado do Rio, os centros produtores de vegetais orgânicos, tomates, frutas etc. Nada disso ocupava o que virou moda chamar de “área de risco”. E foi destruido pelas correntezas imensas de lama que desceram das montanhas da região. Não eram ocupações irregulares, eram propriedades tradicionais da região. Não tinham como ser avisadas de nada, porque são propriedades isoladas, e porque nem o mais eficiente serviço de clima da Nasa ou defesa civil poderia prever que os contrafortes internos da serra deslizariam, mudando de lugar encostas e rios, alterando talvez para sempre a geografia dessa região, como um explosão vulcânica, em minutos!!!! A tradição, os fortes laços humanos, a dignidade desse povo deve ser respeitada. Eles – ao longo das estradas e nos locais isolados, e nas cidades, nas encostas, nas baixadas, estão com o pé (as mãos, o corpo) na lama, lutando para salvar seus bens e suas vidas, ombro a ombro com os socorristas, o pessoal da defesa civil, os soldados, todos que sairam da zona de conforto frente à tela da TV, e foram agarrar ar o touro verdadeiro, de frente. Os politicos? Ah, sim!!!! Que a lição valha para todos!!! Dirigentes e eleitores.
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QUEM NÃO OUSARIA????????

COLHER TÃO LINDA ROSA?????
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