A VIDA MUITO LONGE DA SANTIDADE-DELITOS PAPAIS
São mais de 300 páginas com centenas de histórias pouco santas sobre a
vida sexual dos Papas da Igreja Católica. O livro do jornalista peruano
Eric Frattini, recém-chegado às livrarias portuguesas e editado pela
Bertrand, percorre, ao longo dos séculos, a intimidade secreta de papas e
antipapas, mas não pretende causar "escândalo". Apenas "promover uma
reflexão sobre a necessária reforma da Igreja ao longo dos tempos".
O escritor
admite, aliás, que alguns dos relatos possam ter sido inventados, nas
diferentes épocas, por inimigos políticos dos sumos pontífices. Lendas
ou verdades consumadas, no livro "Os Papas e o sexo" há de tudo. Desde
Papas violadores e zoofílicos a Papas homossexuais e fetichistas, além
de Santos Padres incestuosos, pedófilos ou sádicos, passando por Papas
filhos de Papas e Papas filhos de padres.
Alguns morreram
assassinados pelos maridos das amantes em pleno acto sexual. Outros
foram depostos do cargo, julgados pelas suas bizarrias sexuais e banidos
da história da Igreja. Outros morreram com sífilis, como o Papa Júlio
II, eleito em 1503, que ficou na história por ter inventado o primeiro
bordel gay de que há memória.
Bonifácio IX deixou 34 filhos, a
que chamava, carinhosamente, de "adoráveis sobrinhos". Martinho V
encomendava contos eróticos, que gostava de ler no recolhimento do seu
quarto.
Paulo II era homossexual e Listo IV, que cometeu
incesto com os sobrinhos, bissexual. Inocêncio VIII reconheceu todos os
filhos que fez e levou-os para a Santa Sé. Um deles tornou-se violador.
João XI (931-936) cometeu incesto com a própria mãe, violava fiéis e
organizava orgias com rapazes.
Sérgio III teve o infortúnio de
se apaixonar por mãe e filha e não esteve com meias medidas: rendeu-se à
prática da ménage à trois. Bento V só esteve no Governo da Igreja 29
dias, por ter desonrado uma rapariga de 14 anos durante a confissão.
Depois de ser considerado culpado, fugiu e levou boa parte do tesouro
papal consigo.
João XIII era servido por um batalhão de
virgens, desonrou a concubina do pai e uma sobrinha e comia em pratos de
ouro enquanto assistia a danças de bailarinas orientais. Os bailes
acabaram quando foi assassinado pelo marido de uma amante em pleno acto
sexual. Silvestre II fez um pacto com o diabo. Era ateu convicto e
praticava magia. Acabou envenenado.
Dâmaso I, que a Igreja
canonizou, promovia homens no ciclo eclesiástico, sendo a moeda de troca
poder dormir com as respectivas mulheres. Já o Papa Anastácio, que
tinha escravas, teve um filho com uma nobre romana, que se viria a
tornar no Papa Inocêncio I (famoso pelo seu séquito de raparigas
jovens). Pai e filho acabaram canonizados.
Leão I era convidado
para as orgias do Imperador, mas sempre se defendeu, dizendo que ficava
só a assistir. Mesmo assim, engravidou uma rapariga de 14 anos, que
mandou encerrar num convento para o resto da vida. Bento VIII morreu com
sífilis e Bento IX era zoófilo. Urbano II criou uma lei que permitia
aos padres terem amantes, desde que pagassem um imposto.
Alexandre III fazia sexo com as fiéis a troco de perdões e deixou 62
filhos. Foi expulso, mas a Igreja teve de lhe conceder uma pensão
vitalícia, para poder sustentar a criançada.
Gregório I gostava
de punir as mulheres pecadoras, despindo-as e dando-lhes açoites.
Bonifácio VI rezava missas privadas só para mulheres e João XI violou,
durante quatro dias, uma mãe e duas filhas. Ao mesmo tempo.
1. João Paulo II
Acusado de ter um filha secreta
Em 1995, o norte-americano Leon Hayblum escrevia um livro polémico, em
que dizia ser pai da neta de João Paulo II. Durante a oupação nazi da
Polónia, Wojtyla terá casado, secretamente, com uma judia. Do enlace
nasceu uma rapariga, que o próprio pai entregou, com seis semanas, a um
convento local. No seu pontificado especulou-se muito sobre as namoradas
que teve antes do sacerdócio. O Papa admitiu algumas, mas garantiu
nunca ter tido sexo. No Vaticano, fazia-se acompanhar por uma filósofa
norte-americana, Anna Teresa Tymieniecka, com quem escreveu a sua maior
obra filósofica. Acabaram zangados, supostamente por ciúmes.
2. Paulo VI
Homossexual?
Assim que chegou ao Vaticano, Paulo VI mostrou-se muito conservador em
relação às matérias ligadas à sexualidade. Em 1976, indignado com as
declarações homofóbicas de Paulo VI, um historiador e diplomata francês,
Roger Peyrefitte, contou ao mundo que, afinal, o Papa era homossexual e
manteve uma relação com um actor conhecido. O escândalo foi tremendo:
Paulo VI negou tudo e o Vaticano chegou a pedir orações ao fiéis do
mundo inteiro pelas injúrias proferidas contra o Papa. Paulo VI morreu
em 1978, aos 81 anos, depois de 15 pontificado, vítima de um edema
pulmonar causado, em boa parte parte, pelos dois maços de cigarros que
fumava por dia.
3. Inocêncio X
Amante da cunhada
Eleito no conclave de 1644, Inocêncio X manteve uma relação com Olímpia
Maidalchini, viúva do seu irmão mais velho – facto que lhe rendeu o
escárnio das cortes da Europa. Inocêncio X não era, aliás, grande
defensor do celibato. Olímpia exercia grande influência na Santa Sé e
chegou a assinar decretos papais. A dada altura, o Papa apaixonou-se por
outra nobre, Cornélia, o que enfureceu Olímpia. Mesmo assim, foi a
cunhada quem lhe valeu na hora da morte e quem assegurou o funcionamento
do Vaticano quando Inocêncio estava moribundo. Quando morreu, em 1655,
Olímpia levou tudo o que pôde da Santa Sé para o seu palácio em Roma,
com medo de que o novo Papa não a deixasse ficar com nada.
4. Leão X
Morreu de sífilis
Foi de maca para a própria coroação, por causa dos seus excessos
sexuais. Depois de Júlio II ter morrido de sífilis, em 1513 chega a Papa
Leão X, que gostava de organizar bailes, onde os convidados eram
somente cardeais e onde jovens de ambos os sexos apareciam com a cara
coberta e o corpo despido. O Papa gostava de rapazes novos, às vezes
vestia-se de mulher e adorava álcool. “Quando foi eleito tinha
dificuldade em sentar-se no trono, devido às graves úlceras anais de que
sofria, após longos anos de sodomia”, escreve Frattini. Estes e outros
excessos levaram Lutero a afixar as suas 95 teses – que lhe garantiram a
excomunhão em 1521. Leão X morreu com sífilis aos 46 anos.
5. Alexandre VI
O Insaciável
Gostava de orgias e obrigou um jovem de 15 anos a ter sexo com ele sete
vezes no espaço de uma hora, até o rapaz morrer de cansaço. Teve vários
filhos, que nomeou cardeais. Assim que chegou ao Papado, em 1431,
trocou a amante por uma mais nova, Giulia. Ela tinha 15 anos, ele 58.
Foi Alexandre VI quem criou a célebre “Competição das Rameiras”. No
concurso, o Papa oferecia um prémio em moedas de ouro ao participante
que conseguisse ter o maior número de relações sexuais com prostitutas
numa só noite. Depois de morrer, o Vaticano ordenou que o nome de
Alexandre VI fosse banido da história da Igreja e os seus aposentos no
Vaticano foram selados até meados do século XIX.
6. João XXIII
Violou irmãs e 300 freiras
Não aparece na lista oficial de Papas e acabou preso em 1415. O
antipapa conseguia dinheiro a recomendar virgens de famílias abastadas a
conventos importantes. Mas violava-as antes de irem. Tinha um séquito
de 200 mulheres, muitas delas freiras. Criou um imposto especial para as
prostitutasde Bolonha. Tinha sexo com duas das suas irmãs. Defendia-se,
dizendo que não as penetrava na vagina e que por isso não cometia
nenhum pecado. Foi julgado, acusado de 70 crimes de pirataria,
assassinato, violação, sodomia e incesto. Entre outros factos, o
tribunal deu como provado que o Papa teve sexo com 300 freiras e violou
três das suas irmãs. Foi deposto do cargo e preso. Voltou ao Vaticano,
anos mais tarde, como cardeal.
7. Bento IX
Sodomizava animais
Chegou a Papa em 1032 com 11 anos. Bissexual, sodomizava animais e foi
acusado de feitiçaria, satanismo e violações. Invocava espíritos
malignos e sacrificava virgens. Tinha um harém e praticava sexo com a
irmã de 15 anos. Gostava, aliás, de a ver na cama com outros homens.
“Gostava de a observar quando praticava sexo com até nove companheiros,
enquanto abençoava a união”, escreve Eric Frattini. Convidava nobres,
soldados e vagabundos para orgias. Dante Alighieri considerou que o
pontificado de Bento IX foi a época em que o papado atingiu o nível mais
baixo de degradação. Bento IX cansou-se de tanta missa e renunciou ao
cargo para casar com uma prima – que o abandonaria mais tarde.
8. Clemente VI
Comprou bordel
Em 1342, com Clemente VI chega também à Igreja Joana de Nápoles, a sua
amante favorita. O Papa comprou um “bordel respeitável” só para os
membros da cúria – um negócio, segundo os documentos da época, feito
“por bem de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Tornou-se proxeneta das
prostitutas de Avinhão (a quem cobrava um imposto especial) e teve a
ideia de conceder, duas vezes por semana, audiências exclusivamente a
mulheres. Recebia as amantes numa sala a poucos metros dos espaços em
que os verdugos da Inquisição faziam o seu trabalho. No seu funeral, em
Avinhão, foi distribuído um panfleto em que o diabo em pessoa agradecia
ao Papa Clemente VI porque, com o seu mau exemplo, “povoara o inferno de
almas”.
9. Xisto III
Violou freira e foi canonizado
Obcecado por mulheres mais novas, foi acusado de violar uma freira numa
visita a um convento próximo de Roma. Enquanto orava na capela, o Papa,
eleito em 432, pediu assistência a duas noviças. Violou uma, mas a
segunda escapou e denunciou-o. Em tribunal, Xisto III defendeu-se,
recordando a história bíblica da mulher que foi apanhada em adultério.
Perante isso, os altos membros eclesiásticos reunidos para condenar o
Papa-violador não se atreveram a “atirar a primeira pedra” e o assunto
foi encerrado. Xisto III foi, aliás, canonizado depois de morrer.
Seguiu-se-lhe Leão I, que também gostava de mulheres mais novas e que
mandou encarcerar uma rapariga de 14 anos num convento, depois de a
engravidar.
10. João XII
Morto pelo marido da amante
Nos conventos rezava-se para que morresse. João XII era bissexual e
obrigava jovens a ter sexo à frente de toda a gente. Gozava ao ver cães e
burros atacar jovens prostitutas. Organizou um bordel e cometeu incesto
com a meia-irmã de 14 anos. Raptava peregrinas no caminho para lugares
sagrados e ordenou um bispo num estábulo. Quando um cardeal o
recriminou, mandou-o castrar. Um grupo de prelados italianos, alemães e
franceses julgaram-no por sodomia com a própria mãe e por ter um pacto
com o diabo para ser seu representante na Terra. Foi considerado culpado
de incesto e adultério e deposto do cargo, em 964. Foi assassinado –
esfaqueado e à martelada – em pleno acto sexual pelo marido de uma das
suas várias amantes.
São mais de 300
páginas com centenas de histórias pouco santas sobre a vida sexual dos
Papas da Igreja Católica. O livro do jornalista peruano Eric Frattini,
recém-chegado às livrarias portuguesas e editado pela Bertrand,
percorre, ao longo dos séculos, a intimidade secreta de papas e
antipapas, mas não pretende causar "escândalo". Apenas "promover uma
reflexão sobre a necessária reforma da Igreja ao longo dos tempos".
O escritor admite, aliás, que alguns dos relatos possam ter sido
inventados, nas diferentes épocas, por inimigos políticos dos sumos
pontífices. Lendas ou verdades consumadas, no livro "Os Papas e o sexo"
há de tudo. Desde Papas violadores e zoofílicos a Papas homossexuais e
fetichistas, além de Santos Padres incestuosos, pedófilos ou sádicos,
passando por Papas filhos de Papas e Papas filhos de padres.
Alguns morreram assassinados pelos maridos das amantes em pleno acto
sexual. Outros foram depostos do cargo, julgados pelas suas bizarrias
sexuais e banidos da história da Igreja. Outros morreram com sífilis,
como o Papa Júlio II, eleito em 1503, que ficou na história por ter
inventado o primeiro bordel gay de que há memória.
Bonifácio IX
deixou 34 filhos, a que chamava, carinhosamente, de "adoráveis
sobrinhos". Martinho V encomendava contos eróticos, que gostava de ler
no recolhimento do seu quarto.
Paulo II era homossexual e Listo
IV, que cometeu incesto com os sobrinhos, bissexual. Inocêncio VIII
reconheceu todos os filhos que fez e levou-os para a Santa Sé. Um deles
tornou-se violador. João XI (931-936) cometeu incesto com a própria mãe,
violava fiéis e organizava orgias com rapazes.
Sérgio III teve
o infortúnio de se apaixonar por mãe e filha e não esteve com meias
medidas: rendeu-se à prática da ménage à trois. Bento V só esteve no
Governo da Igreja 29 dias, por ter desonrado uma rapariga de 14 anos
durante a confissão. Depois de ser considerado culpado, fugiu e levou
boa parte do tesouro papal consigo.
João XIII era servido por
um batalhão de virgens, desonrou a concubina do pai e uma sobrinha e
comia em pratos de ouro enquanto assistia a danças de bailarinas
orientais. Os bailes acabaram quando foi assassinado pelo marido de uma
amante em pleno acto sexual. Silvestre II fez um pacto com o diabo. Era
ateu convicto e praticava magia. Acabou envenenado.
Dâmaso I,
que a Igreja canonizou, promovia homens no ciclo eclesiástico, sendo a
moeda de troca poder dormir com as respectivas mulheres. Já o Papa
Anastácio, que tinha escravas, teve um filho com uma nobre romana, que
se viria a tornar no Papa Inocêncio I (famoso pelo seu séquito de
raparigas jovens). Pai e filho acabaram canonizados.
Leão I era
convidado para as orgias do Imperador, mas sempre se defendeu, dizendo
que ficava só a assistir. Mesmo assim, engravidou uma rapariga de 14
anos, que mandou encerrar num convento para o resto da vida. Bento VIII
morreu com sífilis e Bento IX era zoófilo. Urbano II criou uma lei que
permitia aos padres terem amantes, desde que pagassem um imposto.
Alexandre III fazia sexo com as fiéis a troco de perdões e deixou 62
filhos. Foi expulso, mas a Igreja teve de lhe conceder uma pensão
vitalícia, para poder sustentar a criançada.
Gregório I gostava
de punir as mulheres pecadoras, despindo-as e dando-lhes açoites.
Bonifácio VI rezava missas privadas só para mulheres e João XI violou,
durante quatro dias, uma mãe e duas filhas. Ao mesmo tempo
1. João Paulo II
Acusado de ter um filha secreta
Em 1995, o norte-americano Leon Hayblum escrevia um livro polémico, em
que dizia ser pai da neta de João Paulo II. Durante a oupação nazi da
Polónia, Wojtyla terá casado, secretamente, com uma judia. Do enlace
nasceu uma rapariga, que o próprio pai entregou, com seis semanas, a um
convento local. No seu pontificado especulou-se muito sobre as namoradas
que teve antes do sacerdócio. O Papa admitiu algumas, mas garantiu
nunca ter tido sexo. No Vaticano, fazia-se acompanhar por uma filósofa
norte-americana, Anna Teresa Tymieniecka, com quem escreveu a sua maior
obra filósofica. Acabaram zangados, supostamente por ciúmes.
2. Paulo VI
Homossexual?
Assim que chegou ao Vaticano, Paulo VI mostrou-se muito conservador em
relação às matérias ligadas à sexualidade. Em 1976, indignado com as
declarações homofóbicas de Paulo VI, um historiador e diplomata francês,
Roger Peyrefitte, contou ao mundo que, afinal, o Papa era homossexual e
manteve uma relação com um actor conhecido. O escândalo foi tremendo:
Paulo VI negou tudo e o Vaticano chegou a pedir orações ao fiéis do
mundo inteiro pelas injúrias proferidas contra o Papa. Paulo VI morreu
em 1978, aos 81 anos, depois de 15 pontificado, vítima de um edema
pulmonar causado, em boa parte parte, pelos dois maços de cigarros que
fumava por dia.
3. Inocêncio X
Amante da cunhada
Eleito no conclave de 1644, Inocêncio X manteve uma relação com Olímpia
Maidalchini, viúva do seu irmão mais velho – facto que lhe rendeu o
escárnio das cortes da Europa. Inocêncio X não era, aliás, grande
defensor do celibato. Olímpia exercia grande influência na Santa Sé e
chegou a assinar decretos papais. A dada altura, o Papa apaixonou-se por
outra nobre, Cornélia, o que enfureceu Olímpia. Mesmo assim, foi a
cunhada quem lhe valeu na hora da morte e quem assegurou o funcionamento
do Vaticano quando Inocêncio estava moribundo. Quando morreu, em 1655,
Olímpia levou tudo o que pôde da Santa Sé para o seu palácio em Roma,
com medo de que o novo Papa não a deixasse ficar com nada.
4. Leão X
Morreu de sífilis
Foi de maca para a própria coroação, por causa dos seus excessos
sexuais. Depois de Júlio II ter morrido de sífilis, em 1513 chega a Papa
Leão X, que gostava de organizar bailes, onde os convidados eram
somente cardeais e onde jovens de ambos os sexos apareciam com a cara
coberta e o corpo despido. O Papa gostava de rapazes novos, às vezes
vestia-se de mulher e adorava álcool. “Quando foi eleito tinha
dificuldade em sentar-se no trono, devido às graves úlceras anais de que
sofria, após longos anos de sodomia”, escreve Frattini. Estes e outros
excessos levaram Lutero a afixar as suas 95 teses – que lhe garantiram a
excomunhão em 1521. Leão X morreu com sífilis aos 46 anos.
5. Alexandre VI
O Insaciável
Gostava de orgias e obrigou um jovem de 15 anos a ter sexo com ele sete
vezes no espaço de uma hora, até o rapaz morrer de cansaço. Teve vários
filhos, que nomeou cardeais. Assim que chegou ao Papado, em 1431,
trocou a amante por uma mais nova, Giulia. Ela tinha 15 anos, ele 58.
Foi Alexandre VI quem criou a célebre “Competição das Rameiras”. No
concurso, o Papa oferecia um prémio em moedas de ouro ao participante
que conseguisse ter o maior número de relações sexuais com prostitutas
numa só noite. Depois de morrer, o Vaticano ordenou que o nome de
Alexandre VI fosse banido da história da Igreja e os seus aposentos no
Vaticano foram selados até meados do século XIX.
6. João XXIII
Violou irmãs e 300 freiras
Não aparece na lista oficial de Papas e acabou preso em 1415. O
antipapa conseguia dinheiro a recomendar virgens de famílias abastadas a
conventos importantes. Mas violava-as antes de irem. Tinha um séquito
de 200 mulheres, muitas delas freiras. Criou um imposto especial para as
prostitutasde Bolonha. Tinha sexo com duas das suas irmãs. Defendia-se,
dizendo que não as penetrava na vagina e que por isso não cometia
nenhum pecado. Foi julgado, acusado de 70 crimes de pirataria,
assassinato, violação, sodomia e incesto. Entre outros factos, o
tribunal deu como provado que o Papa teve sexo com 300 freiras e violou
três das suas irmãs. Foi deposto do cargo e preso. Voltou ao Vaticano,
anos mais tarde, como cardeal.
7. Bento IX
Sodomizava animais
Chegou a Papa em 1032 com 11 anos. Bissexual, sodomizava animais e foi
acusado de feitiçaria, satanismo e violações. Invocava espíritos
malignos e sacrificava virgens. Tinha um harém e praticava sexo com a
irmã de 15 anos. Gostava, aliás, de a ver na cama com outros homens.
“Gostava de a observar quando praticava sexo com até nove companheiros,
enquanto abençoava a união”, escreve Eric Frattini. Convidava nobres,
soldados e vagabundos para orgias. Dante Alighieri considerou que o
pontificado de Bento IX foi a época em que o papado atingiu o nível mais
baixo de degradação. Bento IX cansou-se de tanta missa e renunciou ao
cargo para casar com uma prima – que o abandonaria mais tarde.
8. Clemente VI
Comprou bordel
Em 1342, com Clemente VI chega também à Igreja Joana de Nápoles, a sua
amante favorita. O Papa comprou um “bordel respeitável” só para os
membros da cúria – um negócio, segundo os documentos da época, feito
“por bem de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Tornou-se proxeneta das
prostitutas de Avinhão (a quem cobrava um imposto especial) e teve a
ideia de conceder, duas vezes por semana, audiências exclusivamente a
mulheres. Recebia as amantes numa sala a poucos metros dos espaços em
que os verdugos da Inquisição faziam o seu trabalho. No seu funeral, em
Avinhão, foi distribuído um panfleto em que o diabo em pessoa agradecia
ao Papa Clemente VI porque, com o seu mau exemplo, “povoara o inferno de
almas”.
9. Xisto III
Violou freira e foi canonizado
Obcecado por mulheres mais novas, foi acusado de violar uma freira numa
visita a um convento próximo de Roma. Enquanto orava na capela, o Papa,
eleito em 432, pediu assistência a duas noviças. Violou uma, mas a
segunda escapou e denunciou-o. Em tribunal, Xisto III defendeu-se,
recordando a história bíblica da mulher que foi apanhada em adultério.
Perante isso, os altos membros eclesiásticos reunidos para condenar o
Papa-violador não se atreveram a “atirar a primeira pedra” e o assunto
foi encerrado. Xisto III foi, aliás, canonizado depois de morrer.
Seguiu-se-lhe Leão I, que também gostava de mulheres mais novas e que
mandou encarcerar uma rapariga de 14 anos num convento, depois de a
engravidar.
10. João XII
Morto pelo marido da amante
Nos conventos rezava-se para que morresse. João XII era bissexual e
obrigava jovens a ter sexo à frente de toda a gente. Gozava ao ver cães e
burros atacar jovens prostitutas. Organizou um bordel e cometeu incesto
com a meia-irmã de 14 anos. Raptava peregrinas no caminho para lugares
sagrados e ordenou um bispo num estábulo. Quando um cardeal o
recriminou, mandou-o castrar. Um grupo de prelados italianos, alemães e
franceses julgaram-no por sodomia com a própria mãe e por ter um pacto
com o diabo para ser seu representante na Terra. Foi considerado culpado
de incesto e adultério e deposto do cargo, em 964. Foi assassinado –
esfaqueado e à martelada – em pleno acto sexual pelo marido de uma das
suas várias amantes.